quarta-feira, 4 de junho de 2008

Insegurança no Porto Seco

Os carnavalescos estão com medo. Os assaltos no entorno do Complexo Cultural do Porto Seco viraram rotina e os funcionários e zeladores dos 15 barracões vem sofrendo com a violência no local. A falta de vigilância é o principal motivo para a insegurança: "Já assaltaram o zelador da nossa escola, além de funcionários de outas entidades. Depois do carnaval, não houve mais vigilância e os assaltos acontecem diariamente", diz Rosalina Conceição, presidente dos Bambas da Orgia.

Além dos assaltos, os dirigentes das escolas de samba reclamam da depredação do patrimônio público. Fios de cobre, medidores de água e as tampas de ferro dos bueiros foram furtadas. Os portões de acesso foram arrebentados e os moradores do entorno passam por dentro do complexo frequentemente: "Eles abriram uma rua dentro do sambódromo. Para não fazer a volta, passam livremente, pois os portões estão abertos, o Porto Seco virou uma terra de ninguém", diz Ademir Moraes, o Urso, presidente do Império da Zona Norte.


Luís Carlos Amorim, presidente dos Imperadores do Samba, conta que os carnavalescos já receberam até ameaça da vizinhança: "Tentamos fechar os portões com cadeado, mas houve ameaça. Como não temos segurança, os portões ficam abertos".


A responsabilidade pela segurança do Complexo Cultural é da Secretaria Municipal de Cultura. Segundo Joaquim Lucena, coordenador de Manifestações Populares, quando os desfiles foram transferidos para o Porto Seco, não havia previsão orçamentária para segurança. No último carnaval, uma empresa foi contratada pela Secretaria de Cultura em caráter emergencial.


Mas Lucena garante que o problema será resolvido no máximo em 15 dias: "Temos consciência do impasse, mas já está sendo solucionado. No último dia 21 foi feita a licitação e o contrato com a empresa de segurança vencedora da concorrência vai até o fim do ano".


Matéria de Vinícius Brito do Samblog

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