segunda-feira, 9 de junho de 2008

Yeda diz: ''Mostrem que o povo gaúcho não confia no meu governo'' ou seria: "O povo é burro!"?

A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), anunciou neste sábado (7) a demissão de três membros do primeiro escalão do governo e do comandante-geral da Brigada Militar (a PM gaúcha). A governadora tucana enfrenta a maior crise de seu governo, corroído por graves denúncias de corrupção.

Segundo a tucana, as cartas de demissão do chefe da Casa Civil, Cézar Busatto, do secretário-geral de Governo, Delson Martini, do chefe do escritório do Estado em Brasília, Marcelo Cavalcante, e do comandante-geral da Brigada Militar, coronel Nilson Bueno, foram apresentadas na noite de sexta (6).

A mudança, a maior no primeiro escalão desde a posse de Yeda, em 2007, veio como uma tentativa de amenizar a crise política agravada na semana passada com a divulgação de grampos telefônicos feitos pela Polícia Federal e de conversa gravada pelo vice-governador e adversário político de Yeda, Paulo Feijó (DEM), em que Busatto reconhece o uso de estatais no financiamento de campanhas eleitorais.

A tucana tem conduzido seu mandato por um campo repleto de denúncias.

O ex-chefe da Casa Civil, que não sabia que sua conversa com Feijó estava sendo gravada, menciona o PP e o PMDB --os maiores partidos da base de Yeda-- como beneficiários da prática de desvio de dinheiro público em órgãos estatais que comandam para financiar campanhas eleitorais. São citados o Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul) e o Detran (Departamento Estadual de Trânsito) como focos destes desvios.

Depois, Busatto disse que se referia a contribuições de servidores filiados aos partidos. As duas siglas, que reúnem 18 dos 55 deputados do Estado, pressionaram Yeda pela demissão.

Apesar de demitir os secretários envolvidos, as baterias de Yeda se voltaram mesmo contra o vice-governador. Ela classificou o comportamento do vice como ''indigno'' e ''insólito''. Disse que a gravação ''não tem valor ético ou moral''. ''Quando alguém não sabe que estava sendo gravado, quem estava gravando pôde fazer o teatro que bem quis.''

Yeda afirmou que a crise não abalou o relacionamento com os aliados nem a confiança da população no governo. ''Mostrem que o povo gaúcho não confia no meu governo'', desafiou Yeda, sem levar em conta que já na sexta-feira uma manifestação estudantil pediu seu impeachment e uma série de protestos estão está endo organizada pelos movimentos sociais.

(matéria do Portal Vermelho)

Diante dos fatos, governadora? A senhora acha que o povo gaúcho é burro?

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