quarta-feira, 11 de junho de 2008

Donga - compositor e violonista.

Ernesto Joaquim Maria dos Santos, compositor e violonista, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, no dia 5/4/1889 e morreu na mesma cidade no dia 25/9/1974.

Sempre foi Donga, apelido familiar atribuído desde menino. Por freqüentar desde criança as rodas de ex-escravos e negros baianos, aprendeu a coreografia do jongo, afoxé, inclusive as danças derivadas do candomblé e macumba. Com João da Baiana formou uma conhecida dupla de capadócios.

Com 14 anos aprendeu tocar cavaquinho, depois o violão, com Quincas Laranjeira, e mais tarde violão-banjo.

“Zé Vicente” era seu cognome no Grupo de Caxangá, que participou desde 1914. Cinco anos depois atuou como violonista no famoso conjunto Oito Batutas, organizado por Pixinguinha. Com o conjunto, além do Brasil, excursionou pela França e Argentina. Em 1926 integra o grupo Carlito Jazz e em 1928, com Pixinguinha, forma a Orquestra Típica Pixinguinha-Donga, responsável por diversas gravações da época. Ainda com Pixinguinha, atuou no Guarda Velha, formado em 1932 e Diabos do Céu, conjuntos de estúdio para gravações na Victor.

Suas primeiras composições, Olhar de Santa e Teus olhos dizem tudo, anos mais tarde ganharam letra do jornalista David Nasser.

Em 1932, casou com a cantora Zaíra Cavalcanti e com ela teve uma filha, Lígia. Viúvo, dois anos depois, casa-se novamente. Chegou a casar-se quatro vezes.

Em 1940 participa com composições da famosa gravação a bordo do navio Uruguai, feita por Leopold Stokowski.

Apesar de ter oficializado o gênero “samba” com Pelo telefone, Donga compôs ainda valsas, toadas, marchinhas, emboladas etc.

Oficial de Justiça aposentado, paupérrimo, doente e quase cego, habitou seus últimos dias na Casa dos Artistas. Está sepultado no Cemitério de São João Batista.

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